A Caixa Econômica Federal divulgou que tem planos de criar um banco digital em 2021. Caso isso se concretize, a nova instituição financeira será separada da Caixa e terá capital aberto, o que permite venda de ações, tanto no Brasil quanto no exterior. A informação foi dada no dia 25/11 pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, durante a apresentação de resultados do banco referentes ao terceiro trimestre.
Antes disso realmente acontecer, é necessário ter a aprovação do Banco Central e do Conselho de Administração da Caixa para que o banco digital seja criado.
“Estamos discutindo internamente. Há um consenso que esse é um ponto-chave para o futuro da Caixa Econômica Federal. Já há uma conversa inicial no conselho de administração e algumas conversas no Banco Central”, disse Pedro Guimarães.
O presidente da Caixa Econômica Federal ainda acredita que terá a aprovação em seis meses.
O objetivo do novo banco digital da Caixa, segundo Pedro Guimarães, é que a instituição foque em três serviços:
- Pagamento de benefícios sociais;
- Liberação de microcrédito para, pelo menos, 10 milhões de clientes;
- Crédito imobiliário para famílias de baixa renda.
“No financiamento habitacional de baixa renda, são mais 5 milhões de clientes que terão o uso do aplicativo (referindo-se ao Caixa Tem) para pagar boletos, contas”, disse o presidente da Caixa.
Atualmente, 35 milhões de pessoas usam o aplicativo, lançado para o pagamento do auxílio emergencial durante a pandemia da COVID-19. Essa ação ajudou a fortalecer o movimento de bancarização no país e consolidar as operações digitais do banco estatal.
O governo federal, inclusive, já sinalizou que tem interesse em usar o Caixa Tem para realizar os pagamentos do Bolsa Família. Se a poupança digital fosse utilizada para esse fim, a nova modalidade de pagamento poderia gerar redução de custos para o país, segundo o Ministério da Cidadania.